O Acordo de Paris foi adotado, de forma unânime, por todas as partes da 21ª Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (a COP21). Em novembro de 2016, ele entrou em vigor. Mas foi em janeiro de 2020 que sua implementação em larga escala começou. A partir daí, começamos a trilhar caminhos mais sólidos para as sociedades sustentáveis e zero carbono.
Esse acordo tem como objetivo central manter o aumento da temperatura média da Terra na faixa de 1,5°C a 2°C acima dos níveis pré-industriais. Nesse cenário, instituições não-estatais serão os impulsionadores do movimento em prol da energia limpa.
E tudo começa nas cidades, que são os motores do desenvolvimento sustentável. Isso porque, atualmente, elas são responsáveis por 80% do PIB mundial e abrigam, aproximadamente, metade da população global. Contudo, elas também geram mais de 70% das emissões de CO2.
As estimativas mostram que, até 2050, as áreas urbanas vão concentrar 70% da população mundial. Ou seja, mais que nunca, as cidades irão desempenhar um papel cada vez maior para as transformações que virão.
Além disso, existem outros fatores que também são urgentes para a criação de sociedades sustentáveis. Nos últimos anos, por exemplo, foram registradas altas temperaturas, tufões, tempestades, inundações, secas e incêndios florestais ao redor do mundo.
Esses são alguns retratos do desequilíbrio climático. Nas áreas urbanas, onde a escala dos danos econômicos e humanos é frequentemente extensa, isso criou um sentimento de crise.
Cidades zero carbono: o que isso realmente significa?
A fim de evitar as mudanças climáticas, é preciso reduzir as emissões de carbono. Logo, são necessárias ações coordenadas, em escala global, para iniciativas concretas de transporte elétrico, descarbonização dos processos e transição energética para as renováveis.
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As perspectivas são otimistas, pois cidades de emissões líquidas zero já são possíveis atualmente. E não estamos falando de uma “sociedade alternativa” ou um modelo experimental, mas sim de projetos em andamento para a descarbonização.
Desde 2010, por exemplo, o custo para novas instalações de geração própria caiu em 70% para a energia solar e 25% para a eólica. Em 2016, a taxa de crescimento da capacidade instalada dos sistemas fotovoltaicos excedeu as de todas as outras fontes energéticas.
Além disso, o custo das baterias fotovoltaicas caiu em 40%. Seguindo esses caminhos, entre 2020 e 2050, a energia eólica e a solar, juntas, serão responsáveis por 48% do total de geração de eletricidade.
Ações para uma sociedade sustentável
A construção de uma sociedade mais sustentável pode ser fundamentada em três pilares: redução das emissões de carbono, aumenta da resiliência e educação.
Redução das emissões de carbono: inclui projetos de descarbonização dos transportes a partir da mobilidade elétrica, eficiência energética, gestão integrada do lixo e implementação da reciclagem, além da renovação da infraestrutura urbana para novos padrões de sustentabilidade.
Aumento da resiliência: começa a partir do reconhecimento de que os centros urbanos são estruturas complexas. Logo, respondem de forma complexa também às mudanças climáticas. Assim sendo, são necessárias adaptações territoriais, gestão e prevenção de riscos, fortalecimento da economia circular e local, além de sistemas de energia descentralizada.
Educação: a educação dos cidadãos, em especial dos mais jovens, é fundamental para que essas transições ocorram de forma ordenada e acelerada.
Para que as cidades alcancem o patamar de carbono líquido zero, esse planejamento urbano deve ser elaborado em conjunto de tecnologias digitais de última geração.
As mudanças para uma sociedade sustentável também perpassam por nós, cidadãos. Ou seja, aquele seu plano de instalar um sistema de energia solar em casa ou na empresa, colabora para a fomentação das renováveis e dos avanços tecnológicos.
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