Neste ano, o aumento médio das tarifas de energia deverá ser o maior desde 2018. Segundo André Pepitone, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a estimativa da agência é de que o reajuste fique em 13%.
Esse é um percentual que poderia diminuir para 8% caso fossem devolvidos uma parte dos R$50 bilhões em impostos cobrados a mais nas contas de luz nos últimos anos. De qualquer maneira, esse aumento de 8% ainda continuaria sendo o maior desde 2018, quando a alta média das tarifas foi de 15%.
Tarifas de energia: motivo do aumento
Um dos principais fatores que causaram o aumento das tarifas de energia é o maior uso de termelétricas. Outro ponto relevante para este aumento é a alta do dólar.
Com a disparada do dólar desde o ano passado, influenciada especialmente pela pandemia do CoVid-19, a energia hidrelétrica de Itaipu (maior usina do país e responsável por atender cerca de 10% de toda a demanda nacional) ficou ainda mais cara.
Para se ter ideia, apenas a energia de Itaipu vai alavancar o reajuste das tarifas em 3,3% neste primeiro semestre.
Tarifas de energia: poderiam diminuir
De acordo com a Agência Brasil, a Aneel precisa devolver, ainda neste ano, uma parte dos R$50 bilhões em impostos cobrados a mais dos consumidores.
Essa devolução se tornou possível depois de decisões do Superior Tribunal Federal (STF) contra a inclusão do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), um imposto estadual, na base de cálculos do PIS/Pasep (Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), que são tributos federais.
A devolução pode ser feita ao longo de cinco anos, porém, pode começar a baratear as tarifas de energia desde agora.
Tarifas de energia: como pagar o mínimo
Uma das formas de “fugir” do aumento das tarifas de energia é gerar a própria energia. Essa geração pode ser feita através de energias renováveis, a exemplo da energia solar.
Saiba como começar um projeto de energia solar.
Antes de decidir investir em um projeto de energia solar é preciso entender melhor como ele funciona. No caso das tarifas de energia, um sistema fotovoltaico pode pertencer a um grupo A ou B.
O grupo B não possui cobrança e possui tarifa única, com exceção dos casos de opção do cliente pela modalidade de tarifa branca. Já as unidades consumidoras do grupo A possuem um transformador próprio, demanda contratada e a tarifa cobrada é dividida em 3 horários diferentes, mas depende da concessionária envolvida no processo.
Os horários são:
– Ponta: período compreendido de 18h às 21h;
– Fora Ponta: período de 06h às 18h e 21h às 21h30;
– Reservado: período de 21h30 às 06h.
Depois que o grupo é identificado, é utilizada uma planilha de dimensionamento para calcular a média de consumo dos últimos 12 meses. No caso do grupo B, é descontada a taxa de disponibilidade referente ao tipo de ligação da unidade consumidora:
– Monofásico: 30 kWh
– Bifásico: 50 kWh
– Trifásico: 100 kWh
Dessa forma é possível saber quanto o sistema precisa gerar de energia para que o consumidor pague apenas o mínimo da conta de energia.
Exemplo
No exemplo de uma empresa com média de consumo de 600 kWh por mês, se a ligação for trifásica, a geração própria precisa ser de, no mínimo, 500 kWh por mês. Logo, o cliente pagará apenas 100 kWh, multiplicado pelo valor da tarifa atual, somado à contribuição de iluminação pública (CIP) e adicionais de bandeira tarifária.
– Monofásico: 30 kWh x R$ 0,78 = R$ 23,40 + CIP + bandeira
– Bifásico: 50 kWh x R$ 0,78 = R$ 39,00 + CIP + bandeira
– Trifásico: 100 kWh x R$ 0,78 = R$ 78,00 + CIP + bandeira
Para o grupo A, o mínimo da conta será o valor pago pela demanda contratada já que toda energia média consumida será gerada pelo sistema solar fotovoltaico.
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