Sem dúvidas, a energia solar no Brasil está crescendo. Prova disso são os números recentes que conquistamos, como, por exemplo:
- Estamos em 11º no ranking mundial de investimentos em energia solar, próximo a países desenvolvidos;
- Em 2019, alcançamos o patamar histórico de 1,2 GW (gigawatts) de potência instalada;
- Já são mais de 83 mil telhados solares no território brasileiro.
E agora? Quais serão os próximos passos rumo ao desenvolvimento sustentável com o uso da energia solar no Brasil?Apostamos em duas frentes: o crescimento da geração centralizada e a implantação do mercado livre de energia. Acompanhe!
Geração centralizada
Quando falamos em geração centralizada, nos referimos à construção de grandes usinas solares para o fornecimento de energia elétrica para as concessionárias. Os próximos passos, portanto, dizem respeito ao crescimento da quantidade de usinas de grande porte. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, atualmente, o Brasil conta 73 usinas solares em operação, somando um total que ultrapassa 2 mil MW (megawatts) de potência em geração centralizada, o suficiente para abastecer 3 milhões de imóveis com energia solar.
Esses números correspondem a mais de R$ 10 bilhões em investimentos de empresas privadas, que são atraídas ao país desde o ano de 2014. E com a economia da energia solar no Brasil em movimento, já foram abertos mais de 50 mil postos qualificados de emprego nessas regiões onde foram instaladas as usinas. E não para aí: ainda de acordo com a Absolar, até 2022 estão previstos novos projetos de usinas solares em operação, representando mais 1,5 mil MW de potência.
Confira quais são os 3 maiores projetos de energia solar no Brasil que já estão operando.
Mercado livre de energia solar no Brasil
O mercado livre de energia, chamado de Ambiente de Contratação Livre (ACL), também promete ser pauta para os próximos passos da energia solar no Brasil. Especialistas defendem que esse mercado apresenta todas as características para se transformar na mola propulsora do próximo grande salto da energia solar por aqui.
Como explicamos aqui, o mercado livre de energia é a liberdade que os consumidores têm para escolher de quem comprar a energia elétrica, negociando prazos, valores e demais particularidades.
Esse cenário está bem interligado ao da geração centralizada, pois com a expansão do ACL, os consumidores podem construir suas centrais geradoras para a produção da própria energia, ou, ainda, comercializar para outras unidades consumidoras.
Em outras palavras, isso representa um mar de oportunidades para a economia brasileira, pois com a expansão da energia solar sendo comercializada com maior liberdade, tanto os grandes players do mercado (como indústrias, supermercado, shoppings center, etc.) quanto os pequenos consumidores se beneficiarão economicamente – lembre-se que o Brasil paga uma das energias elétricas mais caras do mundo. Mas, quem já pode aderir ao mercado livre de energia? Atualmente, existem dois tipos de consumidores que podem aderir: o Consumidor Livre e o Consumidor Especial.
- Consumidor Livre: cada unidade consumidora precisa apresentar uma demanda mínima contratada de 2.500 kW (quilowatts) e qualquer nível de tensão – a partir de 2020, o mínimo passa a ser de 2.000 kW, de acordo com a Portaria 514 de 27 de dezembro de 2018, do Ministério de Minas e Energia.
- Consumidor Especial: é a unidade ou conjunto de unidades consumidoras localizadas em uma área contígua ou que possuem o mesmo CNPJ. A carga mínima deve ser igual ou superior a 500 kW (a soma das demandas contratadas), além de serem pertencentes ao Grupo A.
Viu só? Estamos apenas no começo da era da energia solar no Brasil. Portanto, é importante ficar atento aos novos rumos que o setor vem tomando – aliás, uma das discussões mais importantes e que interessam a você é a proposta da Aneel de redefinir algumas questões da geração distribuída.
Entenda sobre esse assunto e como ele pode impactar o seu bolso.