Repensar nossos hábitos e rotinas é algo que está marcando o ano de 2020. No entanto, tudo isso não se trata apenas de medidas para conter o novo coronavírus. A mobilidade urbana elétrica, por exemplo, já está em pauta há muito tempo. Ainda assim, esse é um tema que ganhou força recentemente, pois é preciso falar sobre as mudanças que precisamos adotar para seguirmos em um futuro melhor.
Em 2010, a Corporación Andina de Fomento (CAF), também conhecida como Banco de Desenvolvimento da América Latina, começou os estudos para compor o Observatório de Mobilidade Urbana. Esse relatório nos mostra que, há dez anos atrás, a América Latina já tinha quase 80% da sua população morando nos centros urbanos.
Se pararmos para refletir sobre as dinâmicas e realidades das grandes cidades, principalmente na América Latina, esses números podem representar sérios entraves para questões ambientais e de mobilidade. Isso porque os sistemas de transporte urbano são fatores determinantes para uma economia bem desenvolvida, a qualidade de vida dos cidadãos e para a preservação do meio ambiente também.
Olhando para o Brasil, como podemos classificar a realidade do nosso trânsito atualmente? E para qual futuro ele nos leva?
A mobilidade urbana e o tempo
Um dos principais pontos de discussão que a pesquisa da CAF nos aponta é justamente sobre o aumento dos meios de transporte individuais, como carros e motocicletas. O primeiro entrave que vemos é em relação ao trânsito congestionado. A partir disso, podemos refletir sobre questões como: quanto tempo nós temos e gastamos em engarrafamentos urbanos? Como esses congestionamentos, muitas vezes estressantes, afetam a nossa rotina?
Nossas atividades, por mais que sejam independentes uma das outras, estão correlacionadas à cidade em algum nível. Por exemplo, se eu preciso chegar no meu trabalho, mas o meu trajeto está sempre congestionado, eu posso repensar a forma de me locomover pela cidade.
Indo para o campo da política, quais projetos de mobilidade urbana estão sendo desenvolvidos nas cidades? Se o número de habitantes está crescendo, os sistemas de transporte precisam acompanhar esse crescimento. E, principalmente, serem organizados com o intuito de poupar o tempo de seus usuários.
Veículos elétricos em prol do Meio Ambiente
A partir de uma perspectiva mais ampla, a pesquisa da CAF também aponta para o risco que um número maior e crescente de veículos de combustão interna apresenta para o Meio Ambiente. Nesse cenário, os veículos elétricos ganham destaque e se tornam os precursores da mobilidade urbana elétrica.
A relação entre cidades inteligentes e a Energia Solar
A Route Automotive é uma consultoria que acompanha o mercado automotivo há mais de 20 anos. Em sua pesquisa sobre o Futuro da Mobilidade, ela sugere que, nos próximos dez anos, as perspectivas da mobilidade urbana na América Latina terão como destaque o uso de carros elétricos e autônomos.
O estudo foi realizado com jovens entre 18 e 24 anos, das classes A, B e C e moradores do Brasil e de outros cinco países da América do Sul. A pesquisa mostrou hábitos e desejos de cada região, assim como a intenção de compra dos participantes. A pergunta realizada foi: que tipo de transporte você escolheria se tivesse R$ 40 mil?
De acordo com as pesquisas, no Brasil, 69% dos entrevistados optaram pelo carro elétrico e 34% por um veículo autônomo. Os entrevistados brasileiros também se interessaram por alternativas de transporte mais inovadoras, por exemplo, 21% usariam drones e 23% mini-helicópteros.
O Brasil ainda tem alguns desafios no que tange a mobilidade urbana elétrica. Contudo, nosso país já possui muitas iniciativas para mudar essa realidade e permitir que caminhemos rumo a um futuro melhor. A Yellot acredita que a revolução da mobilidade urbana será elétrica, sustentável e conectada. Vamos juntos?