O ano de 2020 está sendo marcado pela luta contra o coronavírus e as tentativas de frear os impactos negativos que essa crise global está provocando no mundo. Com o avanço da pandemia, o comércio internacional já sofreu algumas consequências, sendo a crise do petróleo de 2020 uma delas.
A China, que é a segunda maior economia do mundo e um dos principais importadores de petróleo do planeta, viu-se diante à necessidade de fechar suas fronteiras e diminuir sua atividade econômica para conter a pandemia no país. Nesse processo, ficou ainda mais claro a relação de co-dependência econômica entre os mercados mundiais e seus representantes.
Com a paralisação global, a menor demanda consumidora se refletiu na menor demanda por derivados de petróleo. Consequentemente, as refinarias reduziram a compra de óleo cru para a produção de combustíveis, resultando em grandes estoques de petróleo e uma queda na cotação da commodity mais cobiçada do mercado.
Nessa situação, é comum imaginar que o interesse por petróleo iria disparar. Pensando apenas pelo viés econômico, esse seria o momento ideal para investir nele. Contudo, mesmo com o preço baixo, isso não aconteceu.
Podemos entender esse fenômeno se olharmos para os novos parâmetros sustentáveis atuais. Catalisada pela pandemia, a forma de consumo está sendo repensada e as atenções estão se voltando cada vez mais para as energias renováveis. Principalmente neste cenário, em que uma crise global apontou para a importância da produção local.
O preço do petróleo e as energias renováveis
Até pouco tempo atrás, o interesse pelas fontes de energia renovável crescia quando o preço do petróleo subia. Do contrário, os investimentos eram reduzidos. Consequentemente, o avanço das energias limpas seguiam a cotação da commodity “suja”.
No entanto, o cenário está mudando. A crise do petróleo de 2020 gerou pânico nos mercados financeiros. No dia 9 de março, por exemplo, o Ibovespa, que é o principal índice da bolsa paulista, registrou queda de 12%, a maior desde 1998. Contudo, entre os produtores de energia renovável a situação estava tranquila.
Isso acontece devido à previsibilidade de preço oferecida pelas energias renováveis. Ou seja, por serem produzidas localmente, as renováveis não sofrem oscilação de preço igual ao petróleo, que depende de duas variáveis: o câmbio e o cenário externo.
Outro ponto de destaque é a competitividade das energias renováveis, que aumentou muito recentemente. Isso se deu graças aos incentivos dos últimos anos, o aumento das informação entre os investidores e sociedade num geral e, principalmente, pela evolução tecnológica dos sistemas de fontes renováveis. Hoje, investir em energia limpa faz sentido, pois a eficiência da tecnologia desse mercado compensa, economicamente, o investimento.
Mobilidade Elétrica: para onde estamos indo?
A indústria das energias renováveis já se mostra muito mais madura do que há cinco anos atrás. Além disso, ao tornar-se um investimento menos arriscado, muito dinheiro foi aplicado em grandes projetos do ramo. Ao mesmo tempo, já vemos a exploração de petróleo tornando-se menos viável economicamente, além de menos previsível e confiável também.
A partir deste cenário, a discussão sobre nossa matriz energética cresce e levanta questões sobre o uso do petróleo no Brasil, que é um país onde as energias renováveis ganham cada vez mais atenção. A Yellot participa desse movimento em prol das fontes renováveis e trabalha, diariamente, para levar mais energia limpa e sustentável. Saiba mais sobre o nosso trabalho.