Economia doméstica
29 de junho de 2021

Custo de acionamento das termelétricas afetará o consumidor em 2022

Durante encontro com parlamentares em audiência pública na Câmara dos Deputados, o diretor-geral da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica),…

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Durante encontro com parlamentares em audiência pública na Câmara dos Deputados, o diretor-geral da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), André Pepitone, afirmou que o acionamento das termelétricas em meio à crise hídrica no Brasil afetará o custo de energia em 2022. Segundo ele, o acionamento dessas usinas entre os meses de novembro e janeiro gerará o custo adicional de R$ 9 bilhões, sendo repassados ao consumidor. 

A afirmação do executivo ainda aponta a gravidade da crise hídrica atual, porém garante que o cenário é melhor do que em 2001, quando houveram os racionamentos que ficaram marcados como “apagões”. Pepitone ainda disse que temos mais segurança energética no Brasil atualmente do que há vinte anos, e destacou que a ANEEL optou por prorrogar a suspensão do corte de energia por inadimplência dos consumidores de baixa renda pelo país.

A medida que suspende o corte estava programada até 30 de junho, porém seguirá em vigor por mais três meses, contemplando aproximadamente 12 milhões de famílias brasileiras com a tarifa social de energia até 30 de setembro.

Marca histórica

Os níveis dos reservatórios hídricos do Brasil se encontram em seu cenário mais crítico, alcançando índices abaixo dos 10% em algumas usinas, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Embora a fala de Pepitone traga a garantia de um fornecimento ininterrupto, especialistas ainda assim levantam a possibilidade de racionamento.

Segundo eles, a única garantia para que se evitem crises como a atual seriam os investimentos em energias renováveis, como a solar e a eólica, como soluções para enfrentar este problema. Isso porque a matriz elétrica brasileira se mantém basicamente pela geração hidrelétrica, ponto central da crise de energia no país.

Bandeiras tarifárias

Um sistema criado pela ANEEL há seis anos, as bandeiras tarifárias aplicam custos adicionais nas contas de energia, conforme há um aumento nos custos de produção no país. Com a maior utilização das termelétricas, conforme explicado acima, os custos tendem a aumentar e são aplicados nas contas do consumidor geral. 

O funcionamento destas bandeiras se dá pela seguinte forma:

  • Bandeira verde: as condições de geração de energia são favoráveis, não há cobrança adicional;
  • Bandeira amarela: as condições de geração de energia estão menos favoráveis, sofrendo um acréscimo de R$ 0,01343 para cada kWh consumido;
  • Bandeira vermelha 1: as condições de geração de energia estão mais custosas, sofrendo um acréscimo de R$ 0,04169 para cada kWh consumido;
  • Bandeira vermelha 2: as condições de geração de energia estão ainda mais custosas, sofrendo um acréscimo de R$ 0,06243 para cada kWh consumido.

Devido à crise hídrica, este valor tem subido cada vez mais, chegando a um aumento de 364,8% na conta dos brasileiros.

Mudanças necessárias

Neste cenário, aderir a meios sustentáveis tem se mostrado cada vez mais urgente. Para evitar maiores custos de energia e a maior degradação do meio ambiente com a ativação de termelétricas, o uso de energias renováveis se faz cada vez mais urgente.

Na última edição do +Energia falamos sobre os impactos da Geração Distribuída na matriz elétrica brasileira. Assista e veja como você pode mudar o seu consumo de energia.

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