A Geração Distribuída (GD) tem sido um dos grandes motores da transformação energética no Brasil. Desde que a Resolução Normativa nº 482 da Aneel foi implementada em 2012, o setor tem registrado crescimento exponencial. Mas o que esperar para 2025? Quais serão os desafios e oportunidades no horizonte para a GD?
Neste artigo, analisamos as principais tendências e previsões para este mercado que está moldando o futuro da energia no Brasil.
Boa leitura!
Cenário Atual
Atualmente, o Brasil é um dos líderes globais na adoção de energia solar distribuída. De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o país alcançou 50 GW de potência instalada. Assim, milhares de consumidores têm adotado sistemas de geração própria.
Vale ressaltar que o setor foi impulsionado principalmente pelos custos em queda de tecnologias fotovoltaicas, incentivos fiscais e regulatórios e aumento da busca por economia na conta de luz.A entrada em vigor do Marco Legal da Geração Distribuída (Lei nº 14.300/2022) trouxe mais segurança jurídica ao setor, mas também novos desafios com a implementação gradual da taxação sobre o uso da rede.
Previsões para a Geração Distribuída em 2025
1. Crescimento no número de sistemas instalados
Mesmo com mudanças regulatórias, a GD continuará a crescer, principalmente pela motivação principal: alta nos preços da energia elétrica, impulsionada pela inflação tarifária e crises no setor hídrico.
2. Expansão de outras fontes renováveis na GD
Embora a energia solar continue a dominar, outras fontes renováveis, como biomassa, eólica e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), devem ganhar relevância na GD, especialmente em regiões com recursos naturais favoráveis.
3. Avanço da Tecnologia e Digitalização
O setor será impulsionado pela adoção de novas tecnologias, como:
- Sistemas de armazenamento de energia (baterias): Com preços em queda, as baterias permitirão maior independência dos consumidores.
- Sistemas de gestão inteligente: Softwares e plataformas para gerenciamento de geração e consumo ganharão mais espaço.
- Internet das Coisas (IoT): Permitindo o monitoramento remoto e otimização de consumo em tempo real.
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4. Aumento da Competitividade no Mercado de GD
A entrada de grandes players no mercado de GD está elevando o nível de competitividade. Em 2025, espera-se:
- Maior diversificação de modelos de negócio, como aluguel de sistemas, financiamento facilitado e assinaturas de energia.
- Consolidação do setor, com fusões e aquisições entre empresas instaladoras e fornecedores de equipamentos.
O papel da Geração Distribuída na transição energética
A GD é uma peça fundamental para que o Brasil atinja suas metas de redução de emissões de carbono. Até 2025, espera-se que a GD reduza significativamente a demanda por geração térmica, diminuindo emissões e custos de geração.
Além disso, espera-se que ela contribua para a descentralização do sistema elétrico, promovendo maior resiliência e eficiência.
Conclusão
As previsões para a geração distribuída em 2025 são otimistas, apesar dos desafios regulatórios e econômicos. A busca por sustentabilidade, economia e independência energética continuará a impulsionar o setor, que se consolidará como uma das bases da matriz energética brasileira.
Empresas e consumidores que se adaptarem rapidamente às novas condições do mercado terão oportunidades significativas de crescimento e inovação.
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