Hoje vamos falar sobre um assunto bem comum quando se trata de eletricidade: a matriz energética brasileira.
Entender essa composição diz muito sobre um país. Será que estamos investindo mais em energias renováveis ou mantendo como prioridade fontes não renováveis e poluentes?
Entenda tudo agora mesmo!
O que é matriz energética?
Antes de falarmos especificamente sobre a matriz energética brasileira, vamos entender o que realmente quer dizer o termo matriz energética.
Trata-se da união de toda energia disponibilizada e que será transformada, distribuída e, também, consumida em um país ou região. Portanto, é uma representação quantitativa de toda oferta de energia de um determinado local.
Não estamos falando apenas de produção de energia elétrica de um país – essa representação se chama matriz elétrica. A matriz energética engloba todas as fontes de energia, como, por exemplo, a produção de combustível para veículos, para máquinas industriais, para fogões, etc.
Entender e analisar a composição de uma matriz energética é importante para orientar todo o planejamento do setor energético de uma região – ou seja, a quantidade a ser produzida, o uso adequado, os recursos disponíveis para a produção, etc.
Como é composta a matriz energética brasileira?
Bom, entendido que a matriz energética é a união de todas as formas de energia produzidas e consumidas em uma determinada região, vamos, agora, analisar a composição da matriz energética brasileira.
De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a matriz energética do país é bem diferente da mundial – mas isso é uma boa notícia.
Enquanto a nível mundial a prioridade é a utilização de fontes não renováveis de energia – como petróleo, carvão e gás natural (que representam 81,1% do total) – , aqui, no Brasil, as fontes renováveis representam quase a metade de toda a matriz; de acordo com os últimos dados, já alcançamos 45,3% da matriz com fontes renováveis, como você pode ver abaixo:
(Fonte: Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional – BEN 2019, tendo como ano base 2018).
Fontes renováveis de energia: 45,3%
- Biomassa da cana: 17,4%.
- Hidráulica: 12,6%.
- Lenha e carvão vegetal: 8,4%.
- Lixívia e outras renováveis: 6,9%.
Fontes não renováveis: 54,7%
- Petróleo e derivados: 34,4%.
- Gás natural: 12,5%.
- Carvão mineral: 5,8%.
- Urânio: 1,4%.
- Outras não renováveis: 0,6%.
Como é composta a matriz elétrica brasileira?
Agora que já vimos como é composta a matriz energética brasileira, o que inclui todas as fontes de energia, vamos entender como ela é composta, que diz respeito apenas à geração de energia elétrica.
Segundo o Ministério das Minas e Energia (MME), o país vem dando passos positivos em relação às fontes renováveis na produção de eletricidade. A energia eólica, por exemplo, cresceu 14,4% em relação a 2017, e a hidráulica, 4,1%.
Mas o maior salto foi, certamente, o da energia solar: o crescimento foi de 298%, representando a maior taxa de elevação da matriz elétrica brasileira de 2018.
Eis os dados do Balanço Energético Nacional em 2018:
(Fonte: Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional – BEN 2019, tendo como ano base 2018).
Fontes renováveis: 83,2%
- Hidráulica: 66,6%.
- Biomassa: 8,5%.
- Eólica: 7,6%.
- Solar: 0,5%.
Fontes não renováveis: 16,7%
- Gás natural: 8,6%.
- Carvão e derivados: 3,2%.
- Nuclear: 2,5%.
- Derivados de petróleo: 2,4%.
Viu só? A matriz energética brasileira ainda tem muito a caminhar em relação à utilização de fontes renováveis de energia, mas temos avançado nos últimos anos.
Saiba, por exemplo, que o Brasil alcançou recentemente um marco histórico: 1 GW (gigawatt) de potência de geração distribuída – e a energia solar tem um papel fundamental nesse ranking. Descubra os motivos no post a seguir!