Em abril de 2020, a América Latina atingiu o marco de 13 GW de capacidade fotovoltaica instalada em seu território. Esse crescimento faz parte de uma perspectiva lançada pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, em inglês), a partir do relatório de 2019, Future of Solar Photovoltaic. Nesse documento, é apresentado um cenário muito favorável para a expansão da energia solar na América Latina e Caribe até 2050.
A expectativa é de que a energia solar fotovoltaica, nas regiões latino-americanas e caribenhas, aumente em até 40 vezes, chegando a mais de 280 GW de potência instalada. A fim de alcançar esses resultados, os estudos calculam investimentos anuais na faixa de US$ 7 bilhões.
Entretanto, o marco de energia solar na América Latina em 2020 trouxe também um aviso. As consequências multifacetadas da pandemia do Coronavírus, junto às gestões que negligenciam as questões ambientais, representam uma grave ameaça para a região e trazem um difícil desafio.
As perspectivas atuais para a América Latina
De acordo com o estudo do Banco Mundial, Global Economic Prospects, lançado em Junho de 2020, a América Latina e o Caribe enfrentam a pior crise em um século, com uma contração esperada de até 7% no PIB, alta taxa de desemprego e acúmulo de dívidas que chegam nos trilhões de dólares. Além disso, somam-se as trágicas consequências sociais e sanitárias causadas pelo Covid-19.
Apesar das causas da conjuntura atual, os motivos que colocaram nosso continente nessa situação são sequelas de um modelo de gestão urbana e econômica que não é ideal. Assim sendo, é urgente repensar as estruturas das cidades da região, incluindo em seus planejamentos metas sustentáveis e de clima.
Portanto, para uma recuperação, a longo prazo, econômica, eficiente e ecológica, é necessário incluir as energias renováveis nas estratégias. A energia limpa não é apenas um investimento para a redução da poluição. É também uma solução para melhorar a saúde pública e proteger a economia contra futuros riscos climáticos e ativos ociosos.
Energias renováveis como oportunidades econômicas e sociais
O movimento das energias renováveis ganhou destaque durante a crise instaurada pela pandemia. Nisso, apresentou à América Latina a possibilidade de alavancar a indústria de fontes renováveis em prol da criação de novos empregos e investimentos na região.
Destacando mais uma vez o estudo do IRENA, ele nos mostra que muitos dos principais investimentos em fontes renováveis estão localizados em cidades latino-americanas. Aplicações maciças no setor de energia renovável poderiam desencadear um crescimento significativo ao longo das próximas três décadas. O retorno seria de US$ 3 a US$ 8 para cada dólar investido.
Novos investimentos em eficiência energética, armazenamento e eletrificação do setor de transporte – todos ligados à implementação de um sistema de energia limpa – também representam benefícios para o mercado de trabalho latino-americano. A geração de empregos seria potencializada, com estimativas que quadruplicam o número total de empregos globalmente. Para a região, isso representa 3,2 milhões de novas funções empregatícias,
O Departamento de Comércio dos EUA classificou o Brasil, Chile e México como os grandes mercados para exportadores estadunidenses de tecnologias de energia renovável e eficiência energética. Logo, é importante destacar o potencial que a América Latina dispõe, tanto em questão de investimento, quanto de condições naturais para o desenvolvimento das renováveis.
No Centro-Oeste, a Yellot atua como fomentadora da energia solar e seus benefícios para a região do Cerrado. Acreditamos que o futuro deve ser pensado a partir do potencial das nossas cidades, em conjunto com o avanço tecnológico e responsabilidade ambiental.
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