A conta costuma não fechar, e nós, brasileiros, sabemos que embora paguemos impostos altos, a qualidade dos serviços, em sua maioria, é baixa, não é mesmo?
Aliás, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), dos 30 países com a maior carga tributária do mundo, o Brasil é o que apresenta pior retorno dos impostos altos arrecadados em prol da qualidade de vida da população.
E então, o que fazer para diminuir a dependência de serviços que são indispensáveis, mas que prejudicam o orçamento doméstico, mesmo que de forma sutil? Listamos algumas estratégias que podem te ajudar — falaremos mais especificamente sobre os serviços de energia elétrica, água, telefonia e internet, além de tarifas bancárias. Acompanhe!
1. Invista em energia solar para fugir dos impostos altos da eletricidade
Se o assunto são impostos altos, não poderíamos deixar de falar sobre a energia elétrica — afinal, pioramos no ranking, e temos a 5ª eletricidade mais cara do mundo, segundo um estudo de 2017 da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Erros de planejamento, grande burocracia, desperdício, estiagem e impostos do setor fazem com que paguemos caro por um consumo razoável, como você pode perceber na prática, todos os meses, em sua conta.
Então, a estratégia que te ajuda a não mais depender totalmente desse serviço é a de investir em energia solar, pois a sua economia pode chegar a 95%. Além disso, a geração fotovoltaica é limpa, renovável, tem manutenção muito simples, alta durabilidade e um retorno certo sob o investimento.
Entenda mais detalhes neste post aqui.
2. Para fugir de taxas bancárias, considere migrar para contas digitais
Você sabia que os brasileiros pagaram, somente em 2017, R$ 27 bilhões em tarifas bancárias para os cinco maiores bancos do país? Esse foi um levantamento do portal de notícias econômicas Infomoney, e o valor se refere apenas aos serviços de conta corrente.
Mesmo que as tarifas não sejam impostos altos propriamente ditos, elas também servem para custear a máquina pública — afinal, também são cobradas pelos bancos estatais.
De “pouco em pouco”, sabemos que as taxas e tarifas bancárias vão fatiando parte do nosso dinheiro, e, se somarmos todos os valores mensais que são debitados de nossa conta, veremos, no final de um ano, por exemplo, que é uma quantia considerável.
A boa notícia é que dá para não depender desses serviços sem abrir mão de ter uma conta, seja ela corrente, poupança, pessoa física ou jurídica. Esse é o caso, por exemplo, da chamada conta digital, que é uma modalidade que isenta o cliente de taxas e tarifas quando as transações são efetuadas sem atendimento pessoal (pela internet e por caixas eletrônicos).
Atualmente, existem uma infinidade de bancos e fintechs oferecendo contas digitais a custo zero de manutenção e transação financeira (o que inclui TEDs e DOCs). Além disso, veja se o seu banco também oferece essa modalidade — e, se não, mude de instituição.
3. Para fugir dos altos valores de telefonia e de internet, renegocie junto às operadoras
Pasme: um levantamento divulgado em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostrou que a cada R$ 100 em uma conta de telefone, R$ 46,12 vão para contribuições, taxas e impostos altos.
Além disso, acrescente no combo o fato que a internet móvel no país é um serviço precário e, também, caro — aliás, é o mais caro entre os 78 países emergentes, segundo dados de 2010 da Confederação das Nações Unidas Sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), trabalhamos, em média, 5,01 horas por mês para bancar uma internet de apenas 1Mbps. Pagamos (bem) mais caro do que países como Paquistão e Bangladesh, sem falar nos europeus.
Então, uma estratégia para fugir de impostos altos de telefonia e internet continua sendo renegociar os valores junto às operadoras. Aliás, se você também utiliza TV por assinatura, inclua esse serviço na negociação.
Para que seja bem-sucedido na estratégia:
- Tenha uma meta bem clara (quer reduzir pela metade?);
- Saiba argumentar junto à operadora (principalmente se a concorrência tem ofertas mais tentadoras);
- Deixe claro para a empresa que você sabe que ela pode oferecer descontos aos clientes;
- Tenha cuidado com falsos acordos ou descontos que não valem a pena (então, considere trocar de operadora).
4. Para não depender totalmente da água da distribuidora, aproveite a água da chuva
Por fim, vamos à água. Ao contrário do que ocorre no setor de energia elétrica, as tarifas cobradas pelo serviço de saneamento e água não são reguladas por uma agência federal, mas definidas pelos estados e municípios em suas agências reguladoras.
Nesse sentido, a diferença entre as tarifas médias é grande pelo Brasil, chegando a variar até 158%. Segundo dados de 2013 do Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto do Ministério das Cidades, o estado de Goiás ocupa o 4º lugar no ranking da tarifa média mais alta do país, custando R$ 3,28 o metro cúbico de água.
Some o preço da tarifa média ao fato de que o país tem passado por grandes estiagens nos últimos anos, e, como resultado, precisamos adotar uma estratégia para não dependermos 100% dessa água tratada.
A solução, portanto, é o investimento em um sistema de aproveitamento de água da chuva, que é simples, eficiente e pode fazer com que você economize no bolso, e, ainda, ajude a preservar esse recurso natural tão importante.
Neste post aqui explicamos como funciona o sistema de captação e aproveitamento de água da chuva.
E então, o que achou das estratégias para não depender 100% de serviços com impostos altos? Existem outros serviços que também pesam em seu orçamento e para os quais você adota medidas alternativas? Conte nos comentários e até a próxima!