Entenda como a conscientização vem modificando a produção de energia!
O mundo precisa de um milagre energético. Essa é a definição dada pelo bilionário Bill Gates para o momento atual. O empresário é um entusiasta das soluções em energia limpa e inovações, e, junto com outros bilionários, vem encabeçando iniciativas que visam apoiar pesquisas na busca por descobertas científicas para a produção de energia renovável, barata, confiável e em alta escala.
E esse milagre pode ser a energia solar.
Aquecimento global e a produção de energia
O aquecimento global, fenômeno que causa o aumento da temperatura dos oceanos e da atmosfera, é uma das grandes preocupações atuais, porque sua ação desencadeia uma série de impactos negativos no meio ambiente, fauna e flora, além de desastres ambientais, cada vez mais comuns.
Diversas atividades humanas geram o aquecimento global, entre elas a de mais destaque é a queima de combustíveis fósseis, produtos diretos do crescimento econômico, a demanda de energias poluidoras etc. Por isso, a matriz energética do mundo pode ser fundamental para diminuir o aquecimento.
De acordo com a International Energy Agency, o setor energético representa dois terços das emissões de gases de efeito estufa, o que demonstra que, para atingir os objetivos determinados no combate às mudanças climáticas, é preciso haver uma transformação na matriz energética dos países.
Impacto da produção de energia elétrica no Brasil hoje
Atualmente, o Brasil se posiciona em um patamar privilegiado em relação aos demais países do mundo. Isso porque temos uma matriz energética majoritariamente renovável, proveniente 75% de energia hidrelétrica, enquanto o resto do mundo, na grande maioria, adota uma matriz não renovável de termelétricas e combustíveis fósseis. Contudo, isso não quer dizer a nossa conta em relação ao meio ambiente está positiva.
A construção de hidrelétricas é bastante controversa, pois causa grandes impactos ambientais e sociais. Obras como Belo Monte, por exemplo, dividem a opinião pública sobre seus impactos em curto, médio e longo prazo.
Como solução a esse problema está a energia solar. Segundo o estudo da EPE, para 2050, a tendência é que, com a redução dos custos, a energia fotovoltaica passe a ser aplicada com foco em domicílios e comércios. Além disso, a disponibilidade de irradiação solar no Brasil coloca o país em destaque na tendência de geração de eletricidade por fonte solar.
Energia solar e a sustentabilidade
A produção propriamente dita de energia fotovoltaica não possui impacto ambiental por diversos motivos: sua geração só depende do sol e de mais nenhum recurso natural; sua adoção gera uma descentralização da produção de eletricidade, diminuindo a necessidade de grandes obras para sua produção e distribuição, dentre outros motivos.
Geração com impacto zero
A produção de energia fotovoltaica é possível graças ao efeito fotovoltaico. Para que ele ocorra, basta apenas que haja sol e um material semicondutor, normalmente silício. Essa interação gera corrente elétrica e a eletricidade do sistema. Em todo o processo, não há emissão de gases de efeito estufa, uma produção de eletricidade carbono zero. Saiba mais sobre a produção de energia fotovoltaica neste post da Dusol Engenharia.
Além disso, ao contrário das grandes usinas, não há perda de área para implementação dos sistemas, já que os painéis são fixados, preferencialmente, nos telhados.
Produção de equipamentos com baixo impacto
O silício, principal matéria-prima dos módulos, é um dos elementos encontrados em maior abundância no mundo. Outro ponto positivo em relação à sustentabilidade é a vida útil de um módulo fotovoltaico – bastante longa, de 25 anos, o que causa impacto mínimo ao meio ambiente.
É importante lembrar que os impactos são inerentes a toda e qualquer atividade humana, mas que as vantagens ambientais pela produção de energia limpa são muito maiores. Por isso, os ganhos da energia solar chegam a ser compensados em uma média de dois anos.
Já em relação ao descarte dessas peças ao fim da sua vida útil, já é comprovado que os painéis fotovoltaicos podem ser reciclados de forma eficiente. Cerca de 90% do equipamento pode ser reciclado, sendo que alguns componentes, inclusive, podem voltar à cadeia de produção dos painéis.
Permite uma geração descentralizada
A centralização da produção energética faz com que a energia que consumimos precise percorrer longas distâncias- dos reservatórios até os centros urbanos. Com isso, são necessários investimentos e a construção de infraestrutura, obras que causam certos impactos. Com a energia solar, no entanto, é possível uma descentralização do sistema, o que faz com que se reduza a dependência das redes públicas centralizadas e coloca o consumidor final no papel de produtor.
Perdas nas linhas de transmissão
No Brasil, são 129,3 mil quilômetros de linhas de transmissão, conectando todo o território do país, que abastecem cerca de 68 milhões de domicílios. No entanto, boa parte da produção é desperdiçada, porque 20% da energia é perdida na transmissão, uma taxa bastante alta se comparada com países europeus (7%).
Enquanto isso, a energia solar é utilizada nos próprios imóveis onde o sistema é instalado e a excedente é enviada para a rede, abastecendo consumidores locais no sistema de Geração Distribuída, e diminuindo, assim, a perda pela transmissão e descentralizando a produção. Saiba mais sobre o sistema de compensação pela energia solar injetada da rede de transmissão neste post.
A energia solar é uma das respostas para barrar as mudanças climáticas e é, pelo menos, a opção mais próxima das decisões do consumidor final. Além de sua característica sustentável, a energia solar traz benefícios econômicos aos produtores de energia elétrica.
Quer saber mais sobre os benefícios da energia solar na sustentabilidade do mundo? Continue acompanhando o Blog da Yellot e até a próxima.